A palavra Bullying é um termo que ainda não tem uma tradução uniformemente aceita para o português, mas significa ameaça ou intimidação. Ela se refere a uma situação comum nas escolas, e envolve as situações em que um aluno sofre por atitudes agressivas intencionais e repetitivas, com o objetivo de intimidá-lo ou ridicularizá-lo. A criança ou o adolescente pode ser vítima de piadas, gracinhas, comentários maldosos e apelidos humilhantes.
O primeiro a estudar este fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade de Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de bullying.
O Bullying é um problema mundial, é encontrado em qualquer tipo de escola, não se restringindo a um tipo especifico de instituição. Até alguns anos, os pais e as escolas não davam muita atenção para esse tipo de problema, geralmente porque achavam as ofensas bobas demais para terem maiores conseqüências.
Os indivíduos que perpetram o bullying costumam ter dificuldade em estabelecer empatia, frequentemente pertencem a famílias desestruturadas ou com pouca demonstração de afeto entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos, comportamento agressivo ou explosivo. Se essas crianças não tiverem um limite para suas atitudes cruéis, podem via a adotarem comportamentos anti-sociais e violentos, podendo vir a ter atitudes delinquentes.
Os alvos são pessoas ou grupos que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens, que por extrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.
As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas".
As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não-violência na sociedade. É uma iniciativa ao grupo de alunos que adotam contra um ou vários colegas, em situação desigual de poder, causando intimidação, medo e dificuldades psicológicas aos outros. Elas tem como objetivo conscientizar os alunos a respeitar as diferenças, evitando a queda no desempenho escolar, isolamento, abandono dos estudos e baixa auto-estima. Os pais também podem evitá-lo contendo e dando limite aos comportamentos violentos dos seus filhos e mantendo sempre um ambiente afetivo e aberto em casa.
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