Na última semana foi confirmado o diagnóstico de câncer de laringe do Ex-presidente Lula. O câncer de Lula é um dos mais frequentes no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 10 mil casos da doença são diagnosticados por ano no Brasil. Entre as causas do câncer de laringe estão o cigarro e o consumo de álcool. O cigarro aumenta o risco de câncer em cerca de 10 vezes, e, se além de fumar a pessoa consumir álcool, este risco é elevado para 43 vezes o risco da população em geral.
Ter uma pessoa conhecida vítima de uma doença relacionada ao cigarro faz com que muitos pensem em parar. Parar de fumar em geral não é fácil. É necessário força de vontade, algumas técnicas e, muitas vezes, ajuda medicamentosa.
O grande medo do fumante é o desenvolvimento de sintomas da falta do cigarro, também conhecidos como síndrome de abstinência. Os sintomas mais comuns são ansiedade, irritabilidade, dor de cabeça, tonturas, dificuldades de concentração, aumento do apetite e vontade de fumar. Estes sintomas em geral tem uma intensidade máxima após 2 a 3 dias sem fumar, duram cerca de uma semana e depois vão gradativamente desaparecendo. Como os sintomas são decorrentes da falta de nicotina no organismo, quando a pessoa fuma e a nicotina atinge novamente o cérebro, esses sintomas são aliviados. Por causa disso, frequentemente fumantes referem que a nicotina os "acalma". Na verdade, a nicotina está é aliviando a sensação da abstinência.
Os remédios desenvolvidos para parar de fumar tem dois princípios principais. O primeiro deles é repor nicotina de forma contínua e progressivamente menor, para que a pessoa não tenha sintomas da queda brusca dos níveis de nicotina. Este é o caso do adesivos ou chicletes de nicotina. O segundo tipo de medicação são os antidepressivos, especialmente alguns tipos com ação nos receptores de dopamina (como a bupropiona). Estas medicações regulam os níveis desse neurotransmissor em uma região do cérebro ativada pela nicotina, diminuindo a vontade de fumar.
Embora seja possível parar de fumar sem medicamentos, estudos que compararam as duas possibilidades (com e sem medicamentos) dão conta de que as pessoas que usam medicação tem maior chance de conseguir a abstinência. E, é sempre melhor tomar uma medicação para parar de fumar do que ter que receber medicamentos para tratar as complicações tardias do cigarro, como o câncer.
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