Depois que a Agência Europeia de Medicamentos recomendou a proibição da venda de sibutramina – uma das drogas mais usadas para emagrecimento –, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu enviar um alerta a médicos e farmacêuticos brasileiros sobre o tema.
A decisão do comitê europeu foi baseada em um estudo realizado com 10 mil pacientes que mostrou aumento de 16% na incidência de infarto e derrame em pessoas com histórico de problemas cardíacos que tomaram o medicamento. Para a Emea, portanto, os riscos da substância são maiores do que os benefícios. Também com base nesse estudo, a Food and Drug Administration (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) decidiu que deverá ser incluída na bula uma contraindicação para pacientes com cardiopatias.
No Brasil, embora a bula do medicamento já mencione como possíveis eventos adversos a elevação da pressão arterial e arritmias cardíacas, a única contraindicação é para pessoas com histórico de anorexia.
No ano passado, a Anvisa recebeu 37 notificações de eventos adversos do uso de sibutramina – 14 relacionadas a problemas cardiovasculares. Não houve mortes.
Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, haverá em fevereiro uma reunião da Câmara Técnica de Medicamentos para analisar os resultados desse estudo e decidir qual atitude tomar.
Esse alerta só reforça a necessidade do acompanhamento médico rigoroso no uso dessa medicação.
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