O Congresso que será
realizado a partir de março na Turquia é o mais importante evento científico na
área do Transtorno Bipolar. Neste evento, a pesquisa mais recente na área será
discutida com experts do mundo inteiro, disseminando os avanços encontrados.
Um dos
principais desafios no tratamento dessa doença é o desenvolvimento de
tratamentos que controlem ao máximo tanto os sintomas de depressão, (como a
tristeza, o desânimo, a negatividade na maneira de ver a vida e as alterações
do sono, apetite, libido) quanto os sintomas de mania (como euforia,
irritabilidade, grandiosidade, excesso de auto-estima e auto-confiança,
impulsividade e aumento da energia e do nível de atividade).
O que nem
todo mundo sabe, é que, se não for adequadamente tratada, esta doença pode ser
progressiva. Cada episódio de mania ou de depressão é "tóxico" para o
cérebro, liberando várias substâncias nocivas para o funcionamento dos
neurônios (como a dopamina, o glutamato, os radicais livres e as substâncias
envolvidas na inflamação). Além disso, substâncias que mantém a resistência e o
funcionamento dos neurônios (chamadas de neurotrofinas). Isto pode fazer com
que o portador de Transtorno Bipolar, com o tempo, passe a ter problemas de
memória, atenção e raciocínio e a ter mais dificuldade de desempenhar suas
tarefas do cotidiano. O que está sendo proposto recentemente, e que será alvo
de discussão nesse congresso, é a idéia de que esta progressão pode ser usada
para classificar o quadro clínico apresentado pelos portadores de TB nesses
estágios. Classificações desse tipo são rotina em doenças como câncer e
insuficiência cardíaca. No futuro é possível que possamos ter um sistema
semelhante e que possamos ter medicamentos específicos para cada fase da
doença.
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