quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Participando de pesquisas em psiquiatria

Recentemente a imprensa divulgou que o vice-presidente José Alencar está fazendo uso de um medicamento experimental para o tratamento do câncer contra o qual vem lutando. Se você é portador de alguma doença psiquiátrica, você pode, em algum momento, ser convidado para utilizar algum tratamento experimental ou para fazer parte de alguma pesquisa médica. Algumas vezes esse tipo de situação gera na pessoa uma reação imediata de repulsa, com aquela ideia de que o tratamento nesse contexto envolveria transformar a pessoa em "cobaia" ou algo do gênero. O que acontece, na prática, é que a medicina ainda apresenta inúmeras lacunas no conhecimento e isso faz com que, muitas vezes, o médico e o paciente tenham que tomar decisões importantíssimas com uma frágil base científica para isso. O conhecimento só virá com o estudo de mais e mais pacientes portadores de determinadas condições. Para garantir o bem estar das pessoas que participam de estudos de pesquisa, existem uma série de princípios éticos que governam os estudos e diversas normas e diretrizes das instituições de pesquisa (geralmente feitas em universidades). Por exemplo, a participação em pesquisas sempre é espontânea e o sujeito de pesquisa só participará de um estudo depois de fornecer um termo de consentimento por escrito aos pesquisadores.

Quando é a hora de participar de um estudo de pesquisa?

No caso do vice-presidente a sua participação iniciou após a constatação de que as medicações mais estudadas não estavam tendo um efeito terapêutico importante. Esse é um momento em que você pode pensar em participar de um protocolo experimental, pois o tratamento em estudo pode ser até mais eficaz que o tradicional. Outra possibilidade de participação é quando determinados recursos terapêuticos que você acha que podem ser interessantes para você estão sendo testados, como abordagens em grupo, técnicas de psicoterapia ou tratamentos ditos "naturais ou alternativos". Além disso, algumas vezes, procedimentos diagnósticos podem estar sendo estudados no local em que você é atendido, como exames de neuroimagem, exames de sangue ou testes neuropsicológicos.

A presença de atividades de pesquisa em uma instituição e o envolvimento da esquipe que atende você com pesquisa costuma ser um excelente indício de qualidade no tratamento. Ela indica uma preocupação com a geração de novos conhecimentos e uma busca constante pelo oferecimento da melhor assistência possível ao paciente.

Então, se chegar até você a possibilidade de participar de uma pesquisa, pense com carinho, pois você pode estar contribuindo não só com o seu processo de diagnóstico e tratamento, mas com todas as pessoas que sofrem do mesmo problema que você.

4 comentários:

  1. Boa tarde! Gostei muito desse blog. Quis marcar uma consulta com a Dra. Elisa... mas a sua agenda está, segundo me informaram no seu consultório, fechada para pacientes da Unimed Paulistana. :-( É isso mesmo? Muito obrigada,

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  2. Prezada Lúcia,
    atendo pela UNIMED Paulistana em dois locais (no Itaim Bibi e no Tatuapé). No Itaim, realmente, a agenda está muito lotada, mas, no Tatuapé ainda tenho possibilidades de horário. O telefone de lá é 2091-3057. Se você precisar passar em consulta, estou à disposição. Um abraço.

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  3. Sinto que tenho tudo para ser uma mulher realizada em todos os sentidos, mas sempre coloco tudo a perder...
    Sou uma pessoa bastante competente no trabalho, inteligente, e muitas vezes acertiva.
    No relacionamento com meus familiares sou carinhosa, dedicada e procuro cuidar bem de todos, porém tenho rompantes de agressividade e impulsividade que destroem tudo, mesmo quando tenho razão. Quando vejo já falei, ou já gritei e até mesmo agredi fisicamente.
    No trabalho me controlo mais, porém quando estou diante de uma situação que julgo errada/injusta, dou minha opinião de uma forma muitas vezes inadequada,parcial, carregada de raiva e insatisfação, simplesmente porque me deixo levar pelo calor da emoção. Só após o mau comportamento consigo refletir e ver que a situação “não era para tanto”.
    Brigo muito com meu marido, que não é pessoa de fácil trato e com meu filho de 3 anos, uma criança bem ativa e opiniática, mas independente do comportamento dos outros quero mudar, necessito suprimir este comportamento que me faz sofrer demais.
    Preciso de ajuda no sentido de conter estas emoções, que me tornam uma pessoa injusta, desagradável, desequilibrada, inclusive sou chamada de louca muitas vezes, umas por brincadeira, pois tenho um jeito brincalhão/espirituoso no dia a dia outras no real sentido da palavra. As pessoas gostam de mim, sabem meu valor, mas ...
    Pois é a Luciana é muito capaz, muito dedicada, simpática, engraçada mas quando perde a cabeça.... Entende?
    Sinto que a mudança é urgente, necessária, do contrário não terei sucesso em nenhum dos setores de minha vida e o pior, criarei meu filho da pior forma possível, em um ambiente pouco saudável.
    Magoando e traumatizando a mim e aqueles que mais amo.
    Por favor, me ajude.
    Tenho convênio Unimed Paulistana e resido em SP, se for o caso de tratamento, por favor me informar aonde é seu ´consultório.
    Meu email é lupsbr1@gmail.com
    Obrigada!

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  4. Luciana,
    o principal você já fez, que é se dar conta de que está precisando de ajuda para poder viver com mais felicidade e tranquilidade. Procure atendimento psiquiátrico e psicológico, pode ser comigo ou com outro profissional em que você confie, para uma avaliação. Um abraço.

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